sexta-feira, dezembro 01, 2006

Tem hora que temos que ser fortes.

Hoje é dia de Confraria de Crônicas, Contos e Causos do Cotidiano, ainda sem o Manfredini. Amigo, para vc: Tem hora que temos que ser fortes.

Tem hora que temos que ser fortes - Sérgio Lapastina

Começou dezembro. O último mês do ano.
Para começar, gostaria de desejar a todos um excelente dezembro.
Se de janeiro até agora o ano foi bom, tenho absoluta certeza que vai acabar bem. Se não vou, veja pelo lado bom da coisa: você tem mais 31 dias para tentar. Não vai desistir agora, não é?
Aliás, desistir não está no nosso sangue, no nosso perfil. Se estiver no seu, faz um favor: deixa de ler esse texto agora.

Hoje, no primeiro dia do último mês, duas coisas me fazem ter renovada a vontade de vencer cada desafio.
Hoje é o Dia Internacional de Combate a Aids - fala a verdade tem gente que entende mais de vencer desafios do que esse.
Doença sem vergonha que na verdade nem é doença. A gente não morre de aids, mas ela mata.
Doença que não pega pq quer (como nenhuma, claro), mas que se pega por que se faz alguma coisa. Falta de cuidado, falta de consciência, falta de respeito.
Doença que quem tem pode ser qualquer um e que precisa continuar a ser qualquer um mesmo tendo.
Doença para a qual, a pior doença é a ignorância, a falta de tato, a falta de um toque amigo - é amigo, pelo toque não se pega aids, mas pode se pegar o isolamento, o esquecimento.
Conheço uma ou duas pessoas que tem aids. Pessoas como eu e vc que vivem, respiram, trabalham, amam e precisam viver, respeitar, trabalhar e serem amadas. O que muda nelas? Nada e tudo.
Nada pode mudar, mas tudo tem que mudar.
O primeiro a mudar, tive que ser eu e hoje, vejo que ainda estou aprendendo a como mudar.

O segundo motivo, que nem ia ser hoje, mas precisa ser hoje é pq descobrimos que temos que ser fortes. Olha se tem alguém aí que quer nos derrubar, sinto... vai buscar outra freguesia que nessa aqui vc não vai achar guarida.
Aqui, quando um pé falha, uma mão ampara.
Quando um braço fraqueja, um ombro nos segura.,
Quando falta o ar, sobra o sopro.
Aqui, quando vem a dor, vem a palavra de compaixão.
Quando sobrepõe o medo, vem a certeza do caminho certo.
Quando surge a dúvida, vem o guia.
Aqui, quando silencia, sorrimos.
Quando escurece, dormimos calmamente.
Quando esquenta, abrimos os braços para acalentar o sol.
Aqui, quando morre, renasce.
Quando acaba, recomeça.
Quando finda, inicia.
Aqui, quando parece perdido, mostra o caminho.
Quando verte a lágrima, nasce a flor.
Quando pergunta pq, nos é dada a resposta.

Deu pra entender?
Legal, então cabeça pra cima, mente aberta, força nesse coração e levanta sacode a poeira e dá volta por cima... levanta sacode a poeira e dá volta por cima... levanta sacode a poeira e dá volta por cima... levanta!


Tem hora que temos que ser fortes - Wagner Mekaru

É, tem horas que a gente encontra a essência sem saber.Somos fortes, é fato, mas não sabemos disso.
Nos momentos críticos, num assalto, na perda de um ente ou amigo querido, na doença, nas dificuldades para superar obstáculos, enfim, temos que buscar forças em algum lugar.
Nestes momentos é muito comum rezarmos, pedirmos, prometermos e buscarmos numa corrida alucinada a cura para todos os males.
Como diz a música: "toda vez que falta Luz, o invisível nos salta aos olhos" e o medo então toma forma, nos cegando, fazendo-nos viver um sentimento de desamparo e abandono.
Claro que não somos seres perfeitos, até porque caso fossemos acho que não haveria muita razão a existência.
Acredito que o mais importante na vida é aprendermos com nossos acertos e erros e vivermos da melhor maneira possível, no sentido de evoluirmos espiritualmente.
Inegavelmente somos movidos por nossas paixões e com isso muito sofremos.
Dor é uma das sensações ou sentimentos (depende da maneira de enxergar) mais complicadas de nossa existência. Temos tudo e não temos nada. Somos o que somos e não sabemos que somos. Acreditamos no que somos, acreditamos que aqui estamos, ninguém coloca essa questão a prova, até porque isso parece loucura.
Sim, sei que já parece discurso de louco, mas principalmente quando beiramos momentos difíceis e falta chão, acreditamos que tudo chegou ao fim, milagres são operados, o vento muda de direção ou simplesmente nada acontece. Baixado a poeira, com calma e discernimento procuramos entender a nossa maneira porque algumas coisas acontecem. Nesta hora, tenha certeza, você está sendo forte, porque já aceitou sua condição de não poder mudar o que passou.
Com mais paciência você volta a caminhar e retoma sua vida, porque sabe que há muito para se caminhar.
Lembre-se que um dia você engatinhava e quando passou a dar os primeiros passos caiu...mas levantou-se.
Lembre-se um dia você foi criança e hoje tem crianças ao seu redor.
Lembre-se também que tuas crianças cresceram e hoje decidem o que fazer da vida delas, o Mundo as levou, a casa ficou pequena.
Lembre-se também, aquela semente que você plantou hoje é a árvore onde você colhe os frutos.
As vezes é difícil não baixar a cabeça, precisamos de uma força extra, precisamos saber que não estamos sozinhos.
E não estamos, nunca estamos....