quinta-feira, junho 08, 2006

Lá vem a Copa - Lá foi Fiori

Caros leitores. Amanhã começa a Copa do Mundo da Alemanha.
Vamos torcer pelo Brasil.

Pronto, já atendidos a todos os milhares de pedidos recebidos para que fosse feita uma crônica sobre a Copa do Mundo posso partir para o texto de hoje.
Não sei em que linha do Código do Consumidor está escrito que ele pode ser chato, pedir o que quiser.... ô saco.
Qualquer dia vou precisar ter SAC para a crônica, Central de Atendimento, Ouvidoria.... alguém aí quer nota fiscal?

Mas a Copa do Mundo vai mesmo começar e, independente dos pedidos, vou mesmo torcer pelo Brasil. Não pq seja exemplo de patriotismo, mas pq é uma delícia curtir os amigos: esse vai ser o grande barato da Copa, a aproximação das pessoas por um ideal comum.
Se fosse sempre assim, com absoluta certeza marcaríamos mais gols nas jogadas de nossas vidas.

Ontem li um texto fantástico do excelente Zuenir Ventura, no qual ele falava da surpresa dos amigos (dele) pelo fato dele não ter ido à Alemanha. Parece que só por ser jornalista e ter um ínfimo triz (fazia tempo que eu não escrevia triz, ainda mais um ínfimo triz) de reconhecimento que tem que ir. Caso contrário lá vem aquele ar de escárnio:
- Xi, o Licôncio não foi pra Copa, com certeza deve estar mal lá na redação.
- Mal? Ouvi dizer que só está empregado pq os bons estão na Alemanha. Acabou a Copa, acabou para ele.
Gente, alguém tem que ficar aqui na terra brasilis - nem que seja para ler a cobertura da Copa nos jornais e tvs e rádios e sites dos caras que foram pra lá.... (ô inveja.....)

Mas a Copa começa mal. Ou melhor, começa triste.
Não pelas bolhas ou trolhas, mas pela perda do ícone do jornalismo esportivo Fiori Gigliotti.
Depois de gerações abrindo as cortinas do espetáculo, chegou ironicamente na véspera da Copa o crepúsculo de seu jogo.
Acho que nem que seja por uma justa, merecida e devida homenagem a tudo o que o Fiori fez pelo futebol, pela comunicação esportiva, pela divulgação do rádio, pela alegria desse povo, a seleção tinha que trazer o título.
E mais, na hora de levantar o caneco (que não é caneco, mas tá valendo...), o capitão Cafu ou o jogador que estiver com a braçadeira no jogo final pode falar o que quiser, o que lhe vier à telha, mas um Valeu Fiori ia cair bem.
Caso ele se esqueça.... sabe como é, a emoção do momento, a dor do chute na canela, o flash das câmera... eu ajudo: Valeu Fiori.
Sérgio Lapastina está em http://slapastina.blogspot.com/