segunda-feira, outubro 09, 2006

Hoje valeu a pena ser Jornalista, ser Assessor de Imprensa


É como dizia minha vó: num mexe com quem tá quieto.
Na semana passada escrevi sobre a questão dos serviços públicos e "reclamava" que essas coisas só apareciam na Imprensa quando falhavam... pois bem: não é que justamente hoje me estoura uma rede de 1000 milímetros de diâmetro... opa, aqui não preciso falar assim, aqui posso dizer 1 metro (me lembrem de escrever, qualquer dia, pq no ambiente empresarial é preciso dizer de forma mais complicada... isso é, se eu descobrir pq).
Pois bem, nem bem a semana começa e logo as 4h30 da manhã, toca a rede arrebentar. Mas, não é só isso, tal qual uma promoção barata, ela estoura no topo de uma avenida e a água, caprichosa, escolhe o lado mais íngreme da rua para descer - só para se ter uma idéia, a tal avenida é tão pirambeira que é conhecida como tobogã.
Mas não é só isso, quem prestar atenção vai ver que, no caminho, a enxurrada acabou entrando em algumas casas (felizmente só sujeira e transtorno).
Enfim, tirando os comentários políticos do debate e os gols da rodada do Brasileirão, não tinha absolutamente mais nada para que se falasse em uma manhã de segunda-feira e, bonzinho que somos, decidimos dar uma ajudazinha para os telejornais.
Acho que é por isso que as redações gostam tanto da Sabesp: precisou de matéria, basta procurar que a gente arruma - se não fosse trágico, seria engraçado.

Contudo, fato relatado, o que ficou (além de um cansaço tremendo de tanto que atendemos a Imprensa...) foi um sentimento de dever cumprido, um agradecimento pela forma como 99,9% dos veículos noticiou o fato: informando, mostrando que sim o que tinha acontecido tinha sido grave, mas que não não era o fim do mundo, não tinha como a Sabesp se precaver e sim - o que foi o principal - a empresa estava trabalhando para resolver o problema. Posso pedir mais?
Mas teve mais. Na luta pela informação diferenciada (não amigos não estou falando da velha guarda da imprensa, do jornalismo de investigação - é a imprensa de hoje, outubro de 2006) cada emissora buscou uma pergunta própria, um aspecto diferente do fato. Quantos km de adutoras e redes tem na cidade? Como é feita sua manutenção? Quando há um vazamento como a empresa procede? Como o cidadão deve proceder quando percebe um vazamento? Qual será o apoio dado às famílias que tiveram suas casas invadidas pela água? Pq acidentes como esse ocorrem?

Gente: para absolutamente todas essa perguntas há uma resposta lógica, coerente, há uma prestação de serviços da imprensa para a sociedade que a empresa pode ajudar e construir, há muitas mãos, uma força de trabalho para o bem de São Paulo.

Hoje, mesmo cansado, estou a fim de ficar aqui mais umas horas e atender mais, pois hoje deu gosto de ser jornalista, de ser assessor de imprensa, de prestar serviços e fazer valer a pena cada palavra e... como?
Não amor, não vou ficar... é forma de falar.... tô indo pra casa... me dá mais dez minutinhos? cinco? deixa eu só passar o texto para o pessoal.... é rapidinho... não, dormir na varanda não! pô colabora!